sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ah, o sorriso!


"Muita coisa que ontem parecia importante ou significativa amanhã virará pó no filtro da memória. Mas o sorriso (...) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo."
Caio Fernando Abreu

Vamos respeitar a diversidade!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Do filme: 500 dias com ela

Summer - Eu não devia ter feito aquilo.
Tom - Feito o que?
Summer - Ficado brava com você. Desculpa.
Tom - Olha, nós não precisamos rotular isso, tudo bem eu entendo, mas é que eu preciso de uma certa segurança.
Summer - Eu sei...
Tom - Como é que vou saber que não vai acordar de manhã e pensar diferente?
Summer - Eu não posso fazer promessas... Ninguém pode.

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Summer - Eu não acredito em amor.
Tom - Porque não?
Summer - Porque ele não existe.
Tom - Como sabe que ele não existe?
Summer - Como sabe se ele existe?
Tom - Vai saber quando sentir.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Dominação Masculina, Pierre Bourdieu

A dominação masculina, que constitui as mulheres como objetos simbólicos, cujo ser (esse) é um ser percebido (percipi) tem por efeito colocá-las em permanente estado de insegurança corporal, ou melhor, de dependência simbólica: elas existem primeiro pelo, e para, o olhar dos outras, ou seja, enquanto objetos receptivos, atraentes, disponíveis. Delas se espera que sejam "femininas", isto é, sorridentes, simpáticas, atenciosas, submissas, discretas, contidas, ou até mesmo apagadas. Ea pretensa "feminilidade" muitas vezes não é mais que uma forma de aquiescência em relação às epectativas masculinas, reais ou supostas, principalmente em termos de engrandecimento do ego. Em consequência, a dependência em relação aos outros (e não só aos homens) tende a se tonar constitutiva de seu ser." Trecho retirado do livro " A dominação masculina", de Pierre Bourdieu (pág. 82)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por que vivemos como se o tempo nos pertencesse infinitamente?

" Tanto que eu queria agora dar-te o amor total e infantil que tinha para te dar. Racionei-o a vida inteira como a porra de um chocolate de leite- por que vivemos como se o tempo nos pertencesse infinitamente, como se pudéssemos repetir tudo de novo, como se pudéssemos alguma coisa?"
Do livro Faz-me falta, Inês Pedrosa.

terça-feira, 15 de março de 2011

Falta acolhimento

"A vida humana está em constante deslocamento. Como afirma Critelli (1996), referenciando-se a Heidegger, "ser no mundo como homem é habitar esta e nesta inospitalidade (p.17). A experiência dessa falta de acolhimento em que somos lançados é uma vivência de angústia." 
Trecho retirado do texto caminhos da pesquisa e contemporaneidade de Genilda Garcia Calvoso, Ricardo Frnaklin Ferreira e Carlos Batista Lopes Gonzales

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ser-no-mundo

“(...)como seres-no-mundo, estamos e somos no mundo de uma forma inseparável, não sendo possível, portanto, se pensar num homem no qual se identifiquem lugares, essências ou estruturas que determinem um dado modo de ser-no-mundo.” (Elza Dutra)

domingo, 13 de março de 2011

Cisne negro

"A única pessoa que pode impedir você, de vencer e ser feliz, é você mesma."

Do filme: Tudo pode dar certo

"Vou ensinar uma coisa sobre o amor para você.
Claro que há exceções para o que vou dizer, mas são exceções, não a regra.O amor, apesar do que dizem, não vence tudo.Ele nem mesmo costuma durar.No final, as aspirações românticas da nossa juventude, são reduzidas a ao que pode dar certo."

Esqueceram de reparar nela


" A tragédia de Mariana foi corriqueira e morna como todas as grandes tragédias: amaram-na tanto que se esqueceram de reparar nela. (...) Privada de mãe, Mariana foi condenada a ser, desde a infância, adolescente. Uma estátua parada no tempo para proteger do envelhecimento o pai, os avós, a família. Alimentaram-na e protegeram-na (do frio, do calor, das correrias, do mundo) como se ela não fosse mais do que uma boneca de porcelana ou um mostruoso bibelot. Mariana foi demasiado mimada para poder suportar o mundo. Sofreu a infância com a terrível maturidade de um adolescente e decifrou a adolescência com a impiedosa infantilidade de um adulto. O pai amou-a com o amor absoluto, sufocante, que era a memória do seu próprio desamor. Encontrou-se assim prococemente confrontada com o desajuste dos espelhos e com a sôfrega cegueira dos olhares."
Trecho retirado do livro A instrução dos amantes, de Inês Pedrosa.
Vale à pena ler!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cada pessoa tem sua própria chave

"Cada pessoa é um mundo, cada pessoa tem sua propria chave e a dos outros nada resolve ..."


Clarice Lispector

... é cada vez outro, e novo, embora tão velho...


 
O amor é uma escultura que se faz sozinha.
É uma flor inesperada sem estação do ano para surgir nem para morrer.
Imponderável como a obra de arte, o amor nem se define nem se enquadra :
é cada vez outro, e novo, embora tão velho ...

...Lya Luft

Inteiriço fatal

"Sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando, mas quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois." Guimarães Rosa

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Complexidade

“Não é simplesmente a sociedade que é complexa, mas
cada átomo do mundo humano”.
Morin

Filme Precious

"Por favor não me ame, o amor nunca fez nada por mim.O amor me bate, me faz sentir sem valor."

(Preciosa). O filme Precious de Lee Daniels nos permite a discussão sobre um tema mto polêmico que tem acontecido com mta frequência: a violência doméstica. Essa frase foi dita pela atriz principal do filme, chamada PRECIOSA, que passa por violência física, psicológica e sexual dentro da própria casa. O q acontece mais do q imaginamos! Não vamos fechar os olhos para isso! Assitam o filme!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E que não há ninguém que explique...

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

Cecília Meireles

A alma imoral

"(...) o corpo é o motivo fundamental de nossas ações e de nosso comportamento, que ocultamos na vestimentas de nossos símbolos e cultura. Um corpo com moral cria um mundo de roupas que veste o nu. Mas o nu continua visível mais talvez do que quando não era coberto por qualquer roupagem."

"Da mesma forma que a tradição precisa da traição, que a preservação precisa da evolução, que o acerto de hoje dependeu do erro de ontem, o contrário também é verdadeiro. Porque a evolução só é possivel quando existe uma manifestação para ser contestada, aviltada."

Trechos retirados do Livro A alma Imoral, de Nilton Bonder.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ir à luta!

"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante."
Charles Chaplin

o brinquedo é que começa a brincar conosco

"Mas devo avisar. Às vezes começa-se a brincar de pensar, e eis que inesperadamente o brinquedo é que começa a brincar conosco. Não é bom. É apenas frutífero."
Trecho retirado do livro A descoberta do Mundo, Clarice Lispector.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Foi o tédio que inventou...

"Quase todos os homens vivem inconscientemente no tédio. O tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor".
(Miguel Unamuno)

Que caminho seguir?


"Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui."
( Neale Donald Walsch )

Curiosidade: Feniletilamina

"Conhecida como a molécula do amor, é uma substância natural, similar à anfetamina que faz as pessoas sentir-se como se estivessem num estado alterado de consciência. A PEA ou feniletilamina é encontrada nos chocolates, na corrente sanguínea de pessoas apaixonadas e em refrigerantes dietéticos. Tem semelhança com o componente ativo dos comprimidos redutores de apetite. Talvez, por isso, algumas pessoas percam a fome enquanto estão apaixonadas."
Trecho retirado do livro erotismo, sexualidade, casamento e infidelidade. Ana Zampieri.

O ser

"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é conseqüência."
(Albert Einstein)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O processo


"Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos."
Martha Medeiros

Ah! O amor...

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar...

Shirley Valentine

O filme Shirley Valentine consegue transmitir muito bem o papel da mulher, que por muitos anos perpetuou (e ainda continua a perpetuar), em nossa sociedade. A atriz principal, revela com muita delicadeza as angústias de uma mulher, de meia idade, sobre o seu casamento, corpo, sonhos, idealizações... É um filme gostoso de assistir! Fiquei torcendo por ela, assim como fico para todas as mulheres que merecem ser feliz!

É como na vida...

"E que a história nem sempre é uma fábula: não tem uma moral edificante no final e nem causas, consequências, vilões e vítimas facilmente reconhecidas."
Trecho retirado do livro Guia politicamente incorreto da história do Brasil.

O que falta é a própria falta

"Admite-se a tristeza quando falta amor, dinheiro ou prestígio. Imprescindível é a decepção quando o que falta é a própria falta.
- Tem tudo para ser feliz!"
Trecho retirado do texto: Afinal, o que querem os homens? Alberto Goldin.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dia de poesia

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desconstrução de mitos: um passo para a saúde


Hoje, o grande trabalho de qualquer ser humano em autoconhecimento – que pode ser realizado sob a orientação de um psicólogo – está intimamente ligado com a desconstrução de alguns mitos ou, vamos dizer assim, construções sociais, muitos dos quais trazem sofrimento para o sujeito, prejudicam a saúde emocional. Desconstruir esses mitos, no entanto, é um trabalho difícil, pois foram, por muito tempo, criados pelo homem e disseminados pela cultura contemporânea, que "impõe" um modo de viver característico, submetendo o sujeito a um padrão de vida. Então, homens e mulheres são submetidos ao enquadramento de alguns padrões considerados "normais" para a sociedade.
Essas construções sociais tornam-se problemas e podem levar sofrimento ao sujeito, quando naturalizam ou banalizam certos tipos de atitude ou comportamento. Há diversas construções sociais problemas. Eis algumas delas:
Homens protegidos pelo discurso biológico de que possuem muita testosterona – Muitas vezes, esses homens sentem-se "impunes" com a infidelidade sem proteção, sem se preocuparem com a sua saúde sexual e com a saúde de sua parceira e da sociedade como todo. Há, sim, uma diferença biológica, social e psicológica entre homens e mulheres, mas dizer que o homem pode querer ter sexo à vontade, e de qualquer jeito, não se justifica pela dose maior de testosterona.
No caso das mulheres, ainda existe o mito patriarcalista – Ela tem de ser submissa ao homem: Não pode, não pode, não pode! Esse discurso ainda protege alguns tipos de violência, como a própria repressão sexual. Por um olhar cronológico, percebemos que as mulheres estão ocupando seu espaço há muito pouco tempo. Só em 1985 foram criadas as delegacias de defesa da mulher para atendê-las no caso de serem vítimas de violência.
O mito do amor romântico, eternamente reforçado pela cultura – Até quando esse mito será alimentado? Criam-se expectativas em relação ao parceiro e ao casamento, que levam à escravidão emocional, ou seja, o sujeito e o relacionamento têm de estar nos moldes preestabelecidos, perfeitinhos, como nas fábulas e filmes, para a eterna felicidade. Como, muitas vezes, o sujeito não encontra essa perfeição, sente-se desencantado da vida, perdido.
A construção social de que o sujeito tem que ser belo e esbelto – Isso já virou condição indispensável para alguém fazer parte da sociedade. Percebe-se que comer é uma necessidade cada vez menor. Não era assim que se pensava anos atrás. Maslow, em sua teoria de hierarquia de necessidades, colocava necessidades fisiológicas básicas, por exemplo comer, como o primeiro patamar de sobrevivência. Sua teoria já foi refutada, mas pôr a necessidade de autoestima ou de auto-realização em primeiro lugar em vez das necessidades básicas de um ser humano merece uma reflexão.
Assim, perguntamo-nos: Como vivermos em uma cultura arraigada de construções sociais que nos prendem a alma? Como nos desvincular delas? Como fazer para que possamos nos liberar? Assim, é de se pensar sobre essa liberdade que se vende por aí. Que liberdade é essa que mantém o sujeito preso a certos padrões sociais que prejudicam a sua saúde?
A pós-modernidade, período pelo qual estamos passando, o sujeito volta-se para si, perdendo um pouco os referenciais. E os resultados são o individualismo, a satisfação rápida, o consumo desenfreado e os relacionamentos frágeis entre os membros da família e entre o sujeito e a sociedade. Será essa a explicação para o crescente nível de consumo de drogas e de suicídio? Há de se pensar!
Não há receitas para solucionar essas questões, mas é no existir e no relacionar-se que o sujeito aprende a ser ativo na vida social. Podendo refletir, pensar e questionar esses mitos que a cultura e a sociedade promovem, já fica mais fácil a busca da saúde emocional.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Características da Síndrome de Asperger

A síndrome de Asperger caracteriza-se pelo isolamento social, conduta excêntrica, prejuízo no desenvolvimento afetivo, nas habilidades sociais comportamentais e de comunicação. Geralmente, a pessoa tem dificuldade em perceber os sentimentos alheios, apesar de se aproximar fisicamente do outro. Não demonstra interesse em fazer amizades, é pobre de expressão facial, falta-lhe sentido na conversação (apesar de vocabulário elaborado), apresenta atitudes repetitivas, estereotipadas e possui resistência à mudança. Essa síndrome é diferente do autismo, embora possa apresentar algumas características comuns, como o severo prejuízo nas relações sociais. O que a diferencia é a elevada habilidade cognitiva. Trabalhei com uma criança Asperger que tinha apenas 3 anos e já sabia ler, era extremamente inteligente na leitura, mas lhe faltava habilidade para interagir com outras crianças, o que chamamos de inteligência emocional. Dizem que Einstein apresentava sinais dessa síndrome, por apresentar habilidade excepcional como cientista e dificuldade ao se relacionar, mas não há comprovação de que ele era portador dessa síndrome. Há de se tomar cuidado com os diagnósticos das doenças em geral, que somente poderão ser dados por especialistas. No caso de suspeitas sobre a síndrome de Asperger, o melhor caminho para correto diagnóstico é procurar um psicólogo especializado na área.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Mito de Perséfone

Vale a pena refletir e saber um pouco mais sobre esse mito:
http://www.youtube.com/watch?v=OoBtFi_MGlg

Precisamos falar sobre Kevin

"Não há batalha mais fadada ao fracasso que aquela travada com o imaginário."
Pensemos na maternidade, no par perfeito, na família ideal, no trabalho, na amizade. O q se coloca nos moldes pré determinados, cuidado! Ele pode não servir!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Li e gostei!

Co-dependência

A queixa conjugal está presente não só nas terapias de casal, como também faz parte, com freqüência, da motivação que leva as pessoas à psicoterapia. O estresse causado pelos desajustes conjugais contribui para o surgimento de diferentes transtornos emocionais, sendo os mais comuns os quadros depressivos e de ansiedade. No entanto, casais com problemas conjugais, em alguns casos, podem embarcar em um quadro de dependência mutua, em uma relação de co-dependência.
É pouco conhecido o conceito de co-dependência, por ser ainda mal definido e pouco utilizado pela sociedade e pelos profissionais da saúde. Inicialmente, essa palavra foi utilizada para descrever pessoas que se envolviam com alguém quimicamente dependente, pois, muitas vezes, essas pessoas eram afetadas emocionalmente, levando uma vida não saudável com o dependente. Porém, com o passar do tempo, o significado desse termo foi-se expandindo para outras áreas. Pois, os estudiosos começaram a notar que algumas pessoas, mesmo não se relacionando com um dependente químico, respondiam de forma similar ao co-dependente que vivia com um dependente químico (Beattie, 2001). Assim, a co-dependência também pode acontecer com pessoas que não necessariamente têm problemas de dependência química.
Em poucas palavras, segundo Beattie (2001, p. 44), a co-dependência significa “(...) ser um parceiro na dependência”. Em termos mais específicos, a co-dependência, segundo Subby (citado em Beattie, 2001, p. 14), sugnifica ser: “(...) uma pessoa que tem deixado o comportamento de outra afetá-la, e é obcecada em controlar o comportamento dessa outra pessoa”.
A definição da co-dependência não está na outra pessoa, mas na própria pessoa, pelas atitudes que afetam o outro e se deixam afetar, como as atitudes de controlar o outro, “ajudá-lo” e tomar conta dele obsessivamente. Além disso, notam-se estados que interferem na relação entre co-dependentes, como a baixa auto-estima, a abundância de raiva e culpa, resultando, por exemplo, em problemas de comunicação e de intimidade. Os co-dependentes, geralmente, são benevolentes, preocupados em ajudar o próximo, porém a forma como agem não ajuda e leva, muitas vezes, à exaustão do relacionamento com o parceiro (Battie, 2001).
Algumas características do co-dependente, segundo Battie (2001): considerar-se e sentir-se responsável por outra pessoa, sentir culpa e pena quando a  outra pessoa tem o problema, ser atraído por pessoas carentes, sentir-se oprimido e pressionado, culpar a si mesmo por tudo, achar que não é bom o bastante, sentir-se vítima, sentir-se envergonhado de quem é, achar que não merece coisas boas e felicidade, ter medo de se permitir ser quem é, sentir-se ansioso quanto a problemas e pessoas, tentar pegar as pessoas em atos de mau comportamentos, comer demais, ficar deprimido ou doente, mentir para si mesmo, duvidar que um dia encontrará o amor, recusar desfrutar do sexo porque tem muita raiva do parceiro, perder interesse em sexo.

Referência bibliográfica
Beattie, M. (2001). Co-dependência nunca mais: pare de cuidar dos outros e cuide de você mesmo. Rio de Janeiro: Record.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Violência

Nas mudanças globais, segundo Crema (2006), “(...) a violência pode ser compreendida como um sintoma de uma humanidade enferma, em grande medida, num processo de evidente declínio, sob peso de suas próprias contradições”. E um desses sintomas é a violência, que, segundo esse autor, ocorre quando nos sentimos desvinculados, quando procuramos nos defender. Assim, agredimos alguém quando nos sentimos desconectados dele.
Aqui é necessário abrir um parêntese para falar sobre a agressividade. Agressividade é diferente de violência. Para Perls (1977), citado em Silva (ano não publicado), “A agressão é necessária para o crescimento e para a sobrevivência e significa desestruturar, quebrar em pedaços, apresentando duplos objetivos, sendo o primeiro desestruturar qualquer inimigo ameaçador, de forma que ele se torne impotente. E o segundo como uma agressão que se amplia e com isso desestruturar a substância necessária para o crescimento e torna-a assimilável.” A própria palavra, na sua etimologia, quer dizer “ir de encontro à”. Às vezes, é saudável o sujeito se colocar, ser agressivo. O problema está na forma com que ele lida com essa agressão.
Isso está muito presente no nosso dia-a-dia e, principalmente, em momentos de guerra entre nações, como nas grandes Guerras Mundiais. Geralmente, para o homem mudar a estrutura vigente da sua época, é necessário fazer revoluções para buscar os seus interesses. Porém, o problema é a forma com que essas revoluções acontecem.
Segundo Crema (2006), a causa de todo tipo de violência, não tão diferente do entendimento de Francisquetti, é o egocentrismo, pois hoje as mudanças sociais, já mencionadas, trazem o individuo para si mesmo, mas não em um processo de paz.
Assim como para Fernando Rey saúde não é ausência de sintoma, a paz, segundo Roberto Crema, não é ausência de guerra. A paz não quer dizer estagnação, e sim atividade, a plenitude da existência humana.
Para Gandhi, segundo Crema (2006), há uma violência ativa e outra passiva. Esta é marcada pela inércia e conformismo, que traduz o que Crema denominou de Normose, a patologia da normalidade, que caracteriza o sistema de mórbido, estagnado e desequilibrado.
De qualquer forma, a violência deixa as pessoas mais fragilizadas e vulneráveis às doenças físicas e psíquicas. Pessoas envolvidas nessas situações precisam de ajuda e intervenção, pois muitas apresentam situações de repetições e dependências muito complexas para que possam lidar com isso sozinhas (Francisquetti, ano não publicado).
Referências Bibliográficas
Crema, R. (2006). A paz como caminho. Florianópolis: Qualitymark.
Francisquetti, P. S.N. (ano não publicado). Saúde Mental e violência.
Silva, L. P. (ano não publicado). A dinâmica da agressividade na adolescência: uma visão da gestalt-terapia.

FIlme Kramer vs Kramer

Retratando uma família americana de classe média, o filme tem seu roteiro baseado nos aspectos que alicerçam uma separação conjugal. Além de mostrar a separação não elaborada pelo casal, evidencia o processo de intervenção da justiça na administração da guarda do filho. O conflito conjugal tem seu ápice no momento em que Joanna, mãe de Billy e esposa de Teddy, insatisfeita com o casamento, tem a iniciativa de sair de casa e abandonar seu papel de esposa e de mãe. No decorrer do filme, tornam-se claras questões relacionadas a negligencia, sentida por Joanna, onde ela acusa seu marido de se interessar somente pelo trabalho, o que a levou a se deprimir e a buscar, por meio do divórcio, uma saída para sua tristeza.  Teddy assume novas responsabilidades como pai, devendo dividir seu dia entre cuidar de seu filho e manter um bom emprego, teve oportunidade de participar de forma efetiva do cotidiano do filho, comungar de suas angústias e exercer tanto a função materna como a paterna, posto que anteriormente sua participação era ínfima. Por outro lado, Billy (o filho), também, tem que se adaptar a nova realidade, a de não ter mais o afeto da mãe, a companhia dela para ler histórias e pegá-lo na escola. Ao menos, seu cotidiano não teve modificações maiores, uma vez que permaneceu vivendo no mesmo apartamento e freqüentando a mesma escola.  Não tendo a mãe para protegê-lo e o pai ocupado com o trabalho, Billy sentiu-se desconfortável com a cisão familiar, não percebendo mais o controle das situações corriqueiras do dia-a-dia proporcionada anteriormente pelos pais, se sentindo sozinho e assustado, além de, por vezes, demonstrar um comportamento agressivo.
Vale a pena assistir!

A importância da família

Considero de suma importância analisar o sujeito dentro do seu contexto social. Nesse contexto, a família se torna um referencial de suma importância já que nela encontra-se as origens emocionais de cada sujeito. E, por isso, a família se torna importante na construção da subjetividade deste. Já dizia Minuchin que a família é a matriz identitária do sujeito. Então, é a partir dela que o sujeito começa a organizar suas emoções, sensações e experiências. Para aqueles que não possuem família, no conceito de senso comum, como uma família de pai, mãe e irmãos, podem sim estabelecer relações com àqueles que exerceriam a função paterna, materna e fraternal. O que importa, porém, não é estabelecer uma definição e um modelo de família, mas, sim, compreender as suas diferentes relações e como ela se estabeleceu diante das mudanças da sociedade e influenciou na construção subjetiva dos seus membros, na definição de papéis, bem como na sua saúde psíquica. Porque, se a família estabelecer relações de bem-estar com seus sujeitos e estes estabelecerem relações de bem-estar com o próximo, ela não só influenciará o bem-estar dos seus membros, mas também o bem-estar da própria sociedade. Portanto, a família é uma instituição de importância fundamental para compreendermos o ser humano de hoje. Claro que há outros fatores, inclusive externos à família, que vão influenciá-lo, mas ela é o contexto inicial que propicia o desenvolvimento da subjetividade, que pode ser no sentido da promoção do bem-estar e da saúde do sujeito, ou do mal estar e do adoecimento do sujeito, com repercussões em toda a sociedade.

A paixão segundo GH, Clarice Lispector

"A moralidade. Seria simplório pensar que o problema moral em relação aos outros consiste em agir como se deveria agir, e o problema moral consigo mesmo é conseguir sentir o que se deveria sentir? Sou moral à medida qye faço o que devo, e sinto como deveria?" Trecho retirado do livro a paixão segundo GH, Clarice Lispector! Simplesmente FANTÁSTICO!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Transtornos Alimentares

Quando se fala desse tema, deve-se considerar a dimensão fisiológica nutritiva, como os aspectos endócrinos, metabólicos e neuronais; a dimensão psicodinâmica e afetiva, aquela que considera que a fome seja vinculada a satisfação e ao prazer oral; e a dimensão relacional, aquela que considera a relação do sujeito com a família e com a sociedade. Esta última é de grande importância para terapeutas familiares, pois busca a compreensão de por que esse sintoma apareceu, desenvolveu e permaneceu no sistema de forma a encobrir certas dinâmicas familiares, bem como segredos e os não ditos.
Além disso, deve-se considerar a dimensão histórica, social e cultural. Observa-se que antigamente, ser gordo era sinônimo de riqueza. Já hoje, a mídia supervaloriza o tema de alimentação e, inconscientemente, impõe novos conceitos de beleza relacionado à magreza. Assim, não é mais bonito ser gordo e sim ser magro. Observa-se, também, que, na pós-modernidade, o sujeito vem sofrendo várias influências socioculturais, cujos resultados são o individualismo, a satisfação rápida, o consumo desenfreado, os relacionamentos frágeis entre os membros da família e entre o sujeito e a sociedade e, por tudo isso, o surgimento de alto índice de transtorno alimentar como a anorexia ou a bulimia.
A anorexia caracteriza-se pela perda de peso auto-induzida por abstenção de alimentos que engordam ou por comportamentos como vômitos e/ou purgação auto-induzidos, exercício excessivo e uso de anorexígenos e/ou diuréticos. Há uma busca pela magreza e há o medo de parecer gorda. Do ponto de vista, psicopatológico, a característica da anorexia é a distorção da imagem corporal. Assim, pode-ser dizer que há a presença do transtorno dismórfico corporal, pois apesar de muito magra, a paciente percebe-se gorda. Não é incomum a anorética apresente episódios de bulimia (comer cumpulsivo seguido de vômitos e/ou purgação). Reconhecem-se, hoje, dois subtipos de anorexia: tipo restritivo, na qual a perda de peso é conseguida através de dietas, jejuns e exercícios; e o de compulsão periódica, na qual a perda de peso é conseguida através de vômitos auto-induzidos e laxantes. Um grande indicador de disfunção fisiológica nas mulheres anoréticas é a amenorréia, ou seja, elas param de menstruar, pois há uma redução da secreção do hormônio FSH e LH pela pituitária.
A bulimia é caracterizada por preocupação persistente com o comer e um desejo irressistível de comida, sucumbindo a paciente a repetidos episódios de hiperfagia (“ataques” a geladeira, por exemplo), e com o controle do peso corporal. As pacientes bulímicas também utilizam medidas extremas, como vômitos e purgações, para não aumentar o peso devido a ingestão de alimentos. Há um sentimento de falta de controle para se alimentar. O que diferencia dos indivíduos que possuem anorexia, é que os bulímicos, geralmente, estão dentro da faixa do peso normal, o que não acontece nos anoréticos. O que há em comum entre a bulimia e a anorexia é a psicopatologia central de ambas, que é a superestimação da forma e do peso corporal.
Há, também, casos de transtorno da compulsão alimentar periódica, que se caracteriza por episódios recorrentes em que o paciente come compulsivamente, mas não se tem o controle compulsivo de peso observado pelos bulímicos.
Nesses casos de transtornos alimentares, pode-se falar de uma somatização referente ao processo pelo qual um indivíduo usa (consciente ou inconscientemente) seu corpo ou sintomas corporais para fins psicológicos ou para obter ganhos pessoais. Em geral, há o desejo de adquirir o papel de doente físico para obter ganhos primários (psicológicos, intrapsiquicos) ou secundários (sociais ou interpessoais).
O Pulsar é meu, seu e nosso! Vamos fazer desse espaço uma possibilidade de reflexão e discussão acerca da alma humana, envolvendo temas psicológicos, como sexualidade, família, amizade, identidade, pós modernidade. E vamos pulsar com felicidade!!! Como dizem: a arte de ser feliz é uma busca diária... Então, vamos começar a ser feliz? Eu digo SIM!